segunda-feira, 4 de novembro de 2013

O mundo e o ponto

Se não houvesse expectativas não haveria nada. Se existe é porque esperamos reticências. Espera-se que não acabe e que continue a não terminar.  Se não houvesse um ciclo porque esperar por nossa vez? Se tudo fosse finito conheceríamos além de nós. Porém desconhecemos a nós. E por causa disso o sentido desconecta as mentes mais brilhantes. E isso vira o mundo de cabeça pra baixo. E aí percebe-se que a terra gira e gira e gira e gira e mais três pontinhos... só para que o sol apareça e reapareça todos os dias. E para que a lua de vez em quando o encontre, da mesma maneira que o ser humano se desencontra nessa infinidade de pensamentos redundantes que insistem em voltar e dar meia volta em círculos fechados para que nada o escape. E o tudo toma formato quadrado, ignora o mundo e a sua forma. O feito encaixa até ser assim perfeito...

 ''Mas o ponto final quer outro lugar, quer ser o primeiro e não o último dessa vida e permanecer redondo.''

E o mundo quer ser quadrado e o coração ser de outra forma e o ponto quer ser o mundo e o mundo não quer mais ser assim. E o horizonte não quer seu contorno e a vista do mar não quer ter mais fim.
E o olhar quer enxergar como?

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